27 de out. de 2012

Debate entre os candidatos a prefeito de Vitória (2ª turno).


Olá, senhores.

   Como eu estava ausente ontem no horário do debate do G1 entre os candidatos à Prefeitura de Vitória, Luciano Rezende (LR) e Luiz Paulo (LP), assisti ao mesmo só agora.  Creio que esse tenha sido o primeiro debate em que vi LP e LR discutindo diretamente as propostas para a capital, de forma clara e objetiva, deixando de lado a troca de acusações e o baixo nível ideológico, político e, sobretudo, moral.


Análise do candidato Luciano Rezende (PPS):


      LR, na minha opinião, é um "robô". Parece que foi programado para se manter sereno, tranquilo e debater as propostas sem falar na 'piscação de olhos' que me deu agonia. Suas propostas são atrativas, uma vez que se baseiam na gestão participativa, o que é muito importante para o desenvolvimento da cidade; e o que eu apoio bastante.

      Apesar disso, vale lembrar de quem sustenta sua candidatura: o PR, o PP, o PHS, etc. Nomes como Waguinho Ito (um radialista sem experiência política para ser vice-prefeito da capital de um estado como o ES), Nilton Baiano (ficha suja, acusado de corrupção, desvio de dinheiro e irregularidades em contratações de empresas) e o tão querido senador Magno Malta (homofóbico, preconceituoso, verme charlatanista pastor, integrante da atrasada e conservadora bancada religiosa e político de causa única) deixam muito a desejar.

      Sinceramente, não creio que, caso seja eleito, LR venha fazer um governo decente e alheio a essa equipe medíocre e duvidosa.


Análise do candidato Luiz Paulo (PSDB):


      Luiz Paulo insiste em retomar as ideias e projetos de seus antigos mandatos de prefeito da capital, embora agora os desafios sejam mais intensos. Problemas gravíssimos, como ineficiências na mobilidade urbana, na segurança pública, na educação e na saúde, necessitam de controle ou até mesmo solução imediata. Falar que vai 'governar' Vitória com alegria e com espírito não adianta. Tem que organizar uma equipe dedicada e compromissada em resolver os desafios e por em prática um planejamento adequado e uma gestão política de qualidade.

      Em relação a isso eu admiro alguns de seus integrantes, como Haroldo Corrêa, Lelo Coimbra e César Colnago, devido à experiência e à qualidade de gestão já provadas, tanto de nível municipal quanto de nível estadual. LP, na minha opinião, tem sem dúvidas a melhor equipe para administrar a nossa capital e acredito que, caso seja eleito, fará melhor o papel de gestor e empreendedor politico do que caso LR fosse eleito.


Debates passados e o "jogo sujo":


      Em relação aos debates passados, como de costume, a sujeira de ambos os candidatos foi jogada no ventilador, explicitando todos os podres de LR e de LP, o que declarou uma "guerra" nas redes sociais, nos jornais e na TV. Perante tudo isso, embora eu não seja morador de Vitória, resta a dúvida de quem apoiar:

      LR, um candidato de partido com coligações religiosas (sobretudo a desgraça do PR) e com passagens desastrosas e inexpressivas como vereador durante 13 anos e como secretário de Saúde, Educação, Esportes e Lazer do ES e de Vitória, mas com um projeto de governo fundamentado na gestão participativa, enunciando mudanças e inovação na gestão pública, o que de fato Vitória precisa?

      Ou LP, um candidato com 12 anos como prefeito de Vitória (vale lembrar que não foi uma administração desastrosa) e com 8 anos no Governo do Estado; além de possuir equipe e aliados qualificados e com experiência de gestão, apesar de alguns problemas pessoais e polêmicas como uso de drogas, uso incorreto de dinheiro público e por ser "emocionalmente desequilibrado" - segundo o candidato adversário?


Considerações Finais:


      Realmente, a decisão é difícil. Se eu fosse morador da capital, obedecendo e seguindo os meus princípios e ideias, eu não arriscaria a minha confiança num candidato LR que dê oportunidade para fanáticos religiosos e um vice inexperiente controlarem uma capital da grandeza de Vitória, nossa "Ilha do Mel". Portanto, meu voto de confiança seria dado ao candidato Luiz Paulo e ao seu vice, Haroldo Corrêa.

      Seja LP eleito ou até mesmo LR, anseio que a nossa capital passe por um processo de revitalização e de mudança imediata, afundando a ultrapassada e medíocre gestão do atual prefeito, João Coser - o qual patrocina a candidatura de LR.

      Então, amigo leitor e morador de Vitória, o destino da cidade está em suas mãos. Neste dia 28 de outubro, não se esqueça: Vote Consciente! Vote Luiz Paulo, 45!





Rafael Santana.

1 de out. de 2012

O ópio e seus derivados: riscos, legislação e alerta.

Olá, senhores.

      Aproveitando que a prova do ENEM está próxima, falarei de um assunto recorrente e muito importante para a área de Ciências da Natureza, além de ser um alerta para nós jovens. O tema de hoje explicará as características e os efeitos do ópio e de suas drogas derivadas - morfina, heroína e codeína. Também citarei a legislação sobre entorpecentes no Brasil, que, por sinal, ainda é bastante confusa, e uma mensagem pessoal a vocês. Então vamos lá!

História da papoula:


     A papoula do ópio, o Papaver somniferum, é originária do continente asiático, mas se espalhou desde o extremo sul da África até às áreas geográficas do norte, como Moscou. Também cresce de forma silvestre em outras áreas desde o extremo oriente até os Estados Unidos. Entretanto, basicamente, a maior quantidade provém de três principais áreas do mundo: a conhecida como "Triângulo Dourado" (Laos, Burma e Tailândia); a área conhecida como a "Média Lua Dourada" (Afeganistão, Paquistão e Irã); e o México. Antes mesmo do nascimento de Cristo, algumas das civilizações antigas utilizavam a papoula com fins medicinais e até mesmo por prazer, o que demonstra sua importância histórica e cultural.

Estrutura da Papaver somniferum, a papoula do ópio.

O ópio e seus derivados:


      No início do século XIX, um cientista alemão conseguiu isolar a morfina do ópio, fato que revolucionou o mercado de drogas curativas e, mais tarde, marcou o princípio do uso e abuso de narcóticos, tal qual conhecemos hoje. Inicialmente, o ópio e seus derivados foram tratados como fator de cura para muitas doenças, porém o conhecimento de seus efeitos fármaco-toxicológicos ainda era reduzido. Com isso, o número de viciados aumentou de forma considerável nos países europeus naquela época, devido ao uso contínuo e descontrolado das drogas.

      A invenção da agulha hipodérmica, por volta de 1853, foi considerada um adianto científico de grande importância. Agora era possível administrar a droga diretamente, introduzi-la nos tecidos do organismo humano, obtendo uma ação mais rápida e uma absorção maior. Quanto aos narcóticos, algumas pessoas chegaram a acreditar que a administração da droga, injetando-a, eliminaria alguns dos perigos do vício, que eram consequência de administração oral. 

Plantação da papoula.

       Em 1875, dois químicos ingleses desenvolveram o composto químico conhecido como morfina diacetílica, através da alteração química de seu alcaloide. Assim, na Europa, iniciaram-se estudos para determinar as propriedades fisiológicas deste novo composto e, mais tarde, a empresa química, Friedrich Bayer S.A, chamou o novo narcótico de heroína. A empresa Bayer começou, então, o mercado de heroína com a justificativa de cura para o vício do ópio e a da morfina, e que a mesma não levaria à dependência. Triste engano!

     Posteriormente, a maioria dos países reconheceram a possibilidade de abuso que essas drogas apresentavam e, desde 1912, trataram de estabelecer leis e restrições para o seu controle. No entanto, todos estes esforços alcançaram pouco êxito e, como resultado, os EUA se converteram no maior centro de abuso no mundo. Devido a considerações internacionais e políticas e à falta de controle mudial, vários outros países viram surgir grandes problemas relacionados à heroína, como foi o caso da Alemanha, que publicou estatísticas mostrando a heroína como principal causa de mortes entre a juventude alemã.

      O controle ideal seria, então, a suposta abolição da produção de ópio a nível mundial. Todavia, a demanda legal de narcóticos, especialmente de codeína e morfina, impedem de se alcançar esta meta num futuro próximo. 


Morfina:


       O ópio cru contém aproximadamente 10% de morfina; 0,5% de codeína; 1,5% de tebaína e 1% de papaverina e mais outros 35 alcaloides em pequenas quantidades. A palavra morfina provém da palavra morfeu, o deus grego dos sonhos. O processo de extração da morfina do ópio requer o aquecimento da água à temperatura apropriada e a mescla da mesma com o ópio, além de inúmeros outros processos químicos.

Fórmula estrutural da morfina
  
       A morfina e a codeína produzidas legalmente são drogas necessárias, que estão disponíveis e são usadas amplamente no campo médico, para reduzir fortes dores, acalmar pessoas nervosas, controlar vômitos, resistência às doenças cardíacas e em outros casos.


Heroína:


       A heroína é o narcótico mais usado. Para produzi-la, combina-se partes iguais de morfina e de anidrido acético e as aquece aproximadamente seis horas a uma temperatura exata de 185ºC. A morfina e o ácido se unem quimicamente e se eliminam as impurezas do composto, utilizando água e clorofórmio. Daí, a partir de uma sequência de outros processos especiais, a substância resultante é um pó branco com pureza de 80% ~ 100%.

Fórmula estrutural da diacetilmorfina ou heroína.


     A heroína pode ser usada de quase todas as maneiras imagináveis. Pode ser ingerida oralmente, inalada, injetada ou fumada. Recentemente, investigadores de narcóticos têm descoberto que está se popularizando entre os viciados que têm dinheiro o uso da heroína branca para "baixar" o efeito da cocaína. A heroína fumada também é popular entre os membros do "Jet Set" e as personalidades de Hollywood, que creem viciar menos que as outras drogas.

       O método mais comum é o de injeção. O viciado geralmente começa injetando nas veias e na parte interna do braço e parte posterior da mão. Ao ocorrer maior deteriorização e para ocultar o vício, o usuário utiliza as veias dos pés, chegando às pernas, aos músculos e à virilha. Algumas mulheres injetam abaixo dos seios e outros até extrapolam injetando nas veias do pescoço. Sabe-se de viciados que usam abaixo da língua e ocasionalmente encontra-se os que injetam na veia dorsal do pênis, o que deve tornar a experiência macabra e dolorosa após certo tempo.

Momento exato da injeção de heroína na veia do braço.

       Esta droga é um dos maiores depressores do sistema nervoso central. Imediatamente após o uso, o corpo começa a reagir à heroína e todas as funções do organismo entram em depressão. O viciado sente uma sensação intensa de prazer ou de euforia (descrita frequentemente de clímax sexual), que dura vários minutos e que geralmente se localiza no abdômen. Em quase todos os casos, o viciado experimentará alívio de dor e escape dos problemas pessoas e das responsabilidades. 


Considerações finais: 


     O ópio, de maneira geral, é consumido em quase todo o mundo, muitas vezes em pequenos cachimbos. Por ser base para a extração da morfina, da heroína e de muitas outros entorpecentes, essa substância é considerada uma das maravilhas do mercado de drogas, porém, apresenta seus malefícios e efeitos fisiológicos nocivos ao organismo dos usuários. 

      A maioria dos viciados tem cicatrizes distintivas, abscessos ou úlceras sobre as veias como resultado de repetidas injeções de heroína, administradas sob condições sem higiene e não estéreis. A dependência profunda - física e psicológica - faz com que o indivíduo chegue a uma situação de abandono, além de distúrbios neurológicos e de personalidade, que costumam terminar, em grande parte, em morte por overdose. 

      São famílias, lares, amizades e relacionamentos destruídos por causa das drogas, do vício, da escolha egoísta e precipitada do usuário. O tráfico ou o uso indevido de substâncias e entorpecentes deve ser terminantemente reprimido para todas as classes sociais, seja o indivíduo rico ou pobre. A cultura de certas plantas para fins terapêuticos ou científicos, como é o caso do ópio, só deve ser permitida mediante prévia autorização das autoridades competentes que regulem a legislação do país. 

       Antes que a repressão ocorra, a prevenção deve ocorrer dentro de casa e os pais são os principais responsáveis por isso. Conversar com os filhos; educá-los da forma correta, com ética e respeito ao próximo; e proibir "amizades perigosas" são o principal caminho. A escola, instituição do conhecimento e saber, também tem parte da responsabilidade, com o dever de orientar e conscientizar os alunos sobre os riscos do uso de entorpecentes e substâncias ilícitas, proibindo-o dentro e fora do estabelecimento de ensino.

      Você, meu amigo leitor, não deixe que as drogas acabem com a sua vida. Moro num bairro relativamente "perigoso", onde há áreas de risco. Vejo, dia após dia, colegas de infância, conhecidos e amigos morrendo por causa do envolvimento com o tráfico ou com o uso de entorpecentes. Vidas desperdiçadas, pessoas que eu conheci que não nunca mais voltarão. Mais uma família que chora. Só mais uma estatística. É isso que você, usuário, é para o sistema.

QUEM ESCOLHE O CAMINHO É VOCÊ.
NÃO USE DROGAS! NÃO SE MATE!




Rafael Santana.